Leilão de megaterminal no Porto de Santos, de R$ 5 bi, entra no radar da Justiça
Modelo do certame do Tecon Santos 10, novo terminal de contêineres, deixa de fora da primeira etapa operadores com atividade no porto; valor da outorga e investimento podem superar R$ 10 bi.

O Complexo Portuário de Santos, principal origem e destino de exportações e importações de cargas na América Latina, será palco de um grande disputa no setor no País. A licitação do Tecon Santos 10, maior terminal de contêiner da região, está prevista até o final do ano. Com investimento estimado de R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões, o terminal está na mira de vários grupos internacionais que atuam em transporte marítimo e movimentação de contêineres.
O certame, no entanto, acaba de parar na Justiça. O maior grupo armador do mundo, a dinamarquesa Maersk, entrou com mandado de segurança cível contra a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) questionando as regras da licitação. Pela modelagem da agência, ficam de fora do leilão os grupos que já operam em Santos, caso da Maersk, dona de 50% da Brasil Terminal Portuário (BTP). Outros três operadores no porto são a sua sócia MSC, a CMA-CGM e a DPW World.