Mais Custo Brasil? No leilão de Santos, a ANTAQ quer (menos) competição
Regras novas para o Tecon Santos 10 restringem a disputa e tiram de cena grandes armadores e fundos. O setor teme outorga menor e eficiência comprometida em um ativo decisivo para as exportações.

A proposta que redesenha o certame do Tecon Santos 10 acendeu o alerta no mercado. A ANTAQ incluiu novas cláusulas que criam um leilão em duas etapas e barram, na largada, quem já opera em Santos. Com isso, ficam fora inicialmente MSC, Maersk, CMA CGM e também fundos de infraestrutura, já que o edital exige experiência mínima de 100 mil TEUs.
Executivos temem menos competição e outorga menor. O governo paulista enviou ofício pedindo regras amplas e isonômicas e sugeriu usar desinvestimento como salvaguarda. O TCU agora analisa o modelo, enquanto a expectativa oficial ainda fala em edital no terceiro trimestre e leilão até o fim do ano.