Opinião – Tecon Santos 10: a concentração como aliada da política pública
A tese é simples e provocadora: concentrar para ganhar eficiência. Com mais volume, cai o custo por contêiner e cresce a capacidade de atrair rotas globais.

O argumento parte de um diagnóstico direto. Portos líderes operam com grandes volumes, terminais de alta capacidade e operadores capazes de financiar upgrades constantes. Essa arquitetura dilui custos fixos e encurta tempos de operação, condição para receber navios cada vez maiores. Em Santos, permitir a entrada de quem já movimenta carga pode integrar o novo terminal a redes existentes, gerar sinergia, justificar automação e melhorar o custo unitário. O desafio não é somar operadores, é garantir resultado: capacidade, eficiência e acesso. Em um ambiente com competição entre portos, restringir candidaturas serve pouco. O desenho do certame dirá se prevalece a escala ou a fragmentação.